Desconfio que poucas vezes na nossa história fomos confrontados com tamanhas manifestações de incompetência, arrogância e nepotismo. Mente-se descaradamente, diz-se e desdiz-se tudo e o seu contrário, renegam-se verdades "absolutas" e promete-se o que antecipadamente se sabe não haver condições para cumprir.
Muito por culpa de quem nos governa, falhámos demasiado. Fomos megalómanos quando podíamos e devíamos ter os pés bem assentes na terra. Fomos incapazes de tomar as medidas adequadas na altura própria. Falhou o governo por ter transmitido mensagens erradas e não ter tido a coragem ou sabido fazer o que lhe competia no momento certo. Falhámos nós por ter deixado chegar as coisas ao ponto a que chegaram e por nos termos contentado com explicações esfarrapadas que só convenciam quem queria mesmo ser convencido. Agora vai doer mais: com a agravante de termos perdido definitivamente a confiança num médico que já nos anunciou a cura demasiadas vezes e nos receita tratamentos cada vez mais dolorosos que sempre jurou a pés juntos não serem necessários...
Somos amistosos e curiosos, inteligentes e irreverentes, engraçados e atarefados, brincalhões e trapalhões, optimistas e saudosistas, pensativos e cognitivos, ingénuos e ténuos, divertidos e vividos, sabichões e amigalhões, honestos e lestos, vaidosos e afectuosos, empenhados e assanhados, extravagantes e acutilantes, compreensivos e objectivos, sociáveis e admiráveis, distraídos e agradecidos, orgulhosos e atenciosos, pacatos e sensatos. Mas... atenção! Não nos comam!
sexta-feira, 8 de outubro de 2010
Vem-nos à memória uma frase batida
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